Taxa Selic: o impacto da queda da taxa básica de juros nos investimentos
O Banco Central anunciou recentemente, pós reunião do Copom, mais uma redução na taxa básica de juros brasileira, a Selic, trazendo-a de 13,25% para 12,75% ao ano. Embora os juros permaneçam em patamares relativamente altos, essa tendência de corte de juros iniciada em agosto está produzindo efeitos práticos positivos para a população, empresas e o mercado em geral.
Para investidores, a diminuição na taxa Selic tem implicações significativas em vários setores. Tanto para Pessoa Física (PF) quanto Pessoa Jurídica (PJ), o ambiente financeiro está em transformação, e as estratégias precisam ser reavaliadas. Por exemplo, a redução da taxa básica de juros influencia diretamente a rentabilidade de investimentos de renda fixa.
Neste contexto, compreender as nuances desse cenário e ajustar a carteira de investimentos torna-se crucial para aqueles que buscam maximizar ganhos e mitigar riscos. É essencial permanecer atento às flutuações do mercado e às decisões futuras do Banco Central, pois estas podem influenciar significativamente as condições econômicas e financeiras do país.
Por isso, vamos explorar como a queda da Selic pode impactar sua vida no médio e longo prazo.
Crédito Mais Acessível
A redução da Selic tem como resultado a diminuição dos custos de empréstimos e financiamentos. Isso impulsiona o consumo por parte das famílias e torna o crédito mais acessível ao longo do tempo. Por exemplo, quem procura financiar um veículo pode se beneficiar, mesmo que as reduções não sejam instantâneas. A Selic, como taxa de referência, influencia positivamente a redução das taxas de juros em diversos produtos financeiros.
Estímulo a Investimentos e Empregos
Taxas de juros mais altas encarecem a operação das empresas, desestimulando investimentos e contratações. À medida que a Selic diminui, empresários se sentem mais dispostos a assumir riscos para expandir seus negócios, o que, por sua vez, impulsiona a geração de empregos. A perspectiva de crescimento econômico se fortalece à medida que a Selic cai.
Aumento da Renda Média
Com empresas mais inclinadas a investir e contratar, a renda média da população tende a crescer. A redução consistente das taxas de juros significa que mais dinheiro entra em circulação na economia, criando um impulso essencial para as decisões de investimento do setor privado.
Menos Gastos com a Dívida Pública
No longo prazo, juros menores resultam em menores gastos do governo com a dívida pública. Cada ponto percentual de redução na Selic representa uma economia significativa para o governo, aliviando a pressão sobre os gastos públicos. Isso é especialmente importante em um contexto em que o governo é percebido como gastador.
Estímulo a Investimentos em Renda Variável
A contínua queda dos juros torna menos atrativos os investimentos em renda fixa, como CDBs e LCIs. Isso pode estimular uma “migração” para ativos mais arriscados, como ações. Os títulos vinculados à Selic podem render menos, mas ainda são atraentes enquanto as taxas de juros permanecerem altas e a inflação estiver sob controle.
É importante destacar que os impactos significativos da queda da Selic levam tempo para se materializar. Economistas estimam que levará de seis a nove meses para que a economia, as empresas e os consumidores sintam plenamente os efeitos da redução da Selic, considerando uma economia em condições normais. Portanto, a consistência na queda da Selic ao longo do tempo é fundamental para produzir impactos duradouros na economia.
Com expectativas de que a Selic termine 2023 em 11,75% ao ano e chegue a 9% ao ano em 2024, de acordo com projeções do mercado, o Brasil caminha para se distanciar de seu histórico de taxas de juros extremamente elevadas, ocupando um lugar menos destacado no ranking de países com as maiores taxas de juros reais. Isso, por sua vez, traz perspectivas mais favoráveis para o cotidiano da população e a economia em geral.